Tragédia na escola de Suzano traz reflexão sobre acesso as armas de fogo

A tragédia ocorrida na manhã desta quarta-feira (13) na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), é mais um momento de dor e de reflexão. Dois jovens armados, um com 17 anos e outro com 25 anos, entraram na escola e dispararam contra alunos e funcionários matando cinco estudantes, dois funcionários e deixando muitos feridos. A dupla ainda matou um comerciante ao lado da escola. Logo após o ato os dois jovens tiraram a própria vida. A tragédia ganhou ampla repercussão nas redes sociais e na imprensa convencional, dividindo opiniões sobre o acesso as armas no país.

O deputado federal Pedro Uczai (PT/SC) divulgou vídeo (http://twixar.me/xdr3) lamentando o ocorrido e prestando solidariedade às famílias enlutadas pela dor e tristeza de perder familiares na tragédia. “Junto com o povo brasileiro queremos manifestar nossa solidariedade a todas as famílias que tiveram seus filhos mortos na escola em Suzano, São Paulo.  Nossa solidariedade, nosso sentimento,” disse o deputado através de suas redes sociais.  Além da dor e da tristeza, a tragédia também leva a uma importante reflexão sobre a flexibilização do acesso as armas de fogo.

Uma das primeiras medidas do presidente Jair Bolsonaro (PSL), em 15 de janeiro, foi editar um decreto para facilitar a compra e a posse de armas. De acordo com especialistas em violência ouvidos pelo portal UOL (https://bit.ly/2XXLeNB) existe um temor de que com flexibilização o número de armas no Brasil possa triplicar nos próximos três ou quatro anos. Ou seja, poderemos saltar de sete para 21 milhões de armas com a entrada de empresas estrangeiras que atuam no setor armamentício.

Pelo decreto de Bolsonaro, em tese, cerca de 135 milhões de brasileiros acima dos 25 anos de idade poderiam comprar uma arma de fogo. Isso seria facilitado também pela entrada de novas empresas que comercializam armas no país e com uma concorrência maior o preço tende a baixar. “Imaginar que em poucos anos teremos quase 40 milhões de armas, entre legais e ilegais, circulando entre os brasileiros me faz pensar muito em uma situação de alto risco para a segurança do país”, destaca Luís Sapori, professor de Ciência Sociais da PUC/MG.

Uczai também manifestou sua preocupação com a flexibilização da compra de armas. “Que essa tragédia sirva para que nós nos convençamos que ter mais armas na sua casa é mais violência e mais morte. Permitir o acesso a posse de armas, liberar geral a posse de armas, é ver mais filhos, e quem sabe os nossos, mortos em novas tragédias. Por isso, vamos construir a cultura da paz e da solidariedade,” disse o parlamentar.

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