Pobreza extrema aumenta no Brasil

O avanço da pobreza no Brasil é facilmente perceptível por quem anda pelas cidades. Estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que no último ano mais de 2 milhões de pessoas voltaram para a extrema pobreza no país. Uma das razões apontada para o aumento de pessoas vivendo na pobreza está a deterioração do mundo do trabalho, tendo entre as suas causas a destruição da legislação trabalhista empreendida pelo governo ilegítimo de Michel Temer (MDB).

Como é de conhecimento geral, boa parte da renda das famílias brasileiras é composta pelo salário pago à classe trabalhadora. Em um cenário de estagnação econômica e retirada de direitos, a consequência natural é o aumento da pobreza em função da precarização dos postos de trabalho disponíveis e pelo fim de dispositivos legais de fomento ao emprego introduzidos pela nova legislação trabalhista.

A pesquisa divulgada pelo IBGE também apresenta o triste dado de que 43% das nossas crianças vivem na pobreza, sendo que 12% delas podem ser classificadas como extremamente pobres. E não para aí: a extrema pobreza atinge especialmente a população jovem do Brasil, impactando diretamente o nosso futuro enquanto nação.

Segundo o Banco Mundial, são pobres aquelas pessoas cuja renda mensal não ultrapassa R$ 406,00 e extremamente pobres aquelas com renda mensal igual ou inferior a R$ 140,00. Em Santa Catarina são aproximadamente 8,5% da população vivendo em condição de extrema pobreza.  A renda média do trabalhador e trabalhadora brasileiros não ultrapassam os R$ 1.511,00 mensais, sendo que na região nordeste ela não alcança os R$ 1.000,00.

O prognóstico para 2019 não é nada animador. O governo eleito afirmou que pretende “aprofundar” a reforma trabalhista. Em outras palavras, o que restou de proteção à classe trabalhadora – como férias remuneradas e 13º salário, por exemplo – correm risco de serem retirados do rol de direitos, aprofundando ainda mais as desigualdades e estimulando o avanço da pobreza no Brasil.

O ilegítimo Temer não conseguiu construir força política suficiente dentro do Parlamento para votar a chamada Reforma da Previdência. Mas o novo governo já trata como prioridade no primeiro semestre de 2019 mudanças no direito à aposentadoria, que na verdade não vai mexer nos privilégios daqueles do andar de cima. Os benefícios previdenciários para a população mais pobre constituem uma importante forma de distribuição de renda que evita que boa parte da população caia na pobreza extrema. Precisamos ficar atentos.  Não permitiremos mais este retrocesso.

 

Pedro Uczai

Deputado Federal

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