O deputado federal Pedro Uczai (PT/SC) participou na manhã desta quarta-feira (27) da Sessão da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados com a presença do ministro da educação Ricardo Vélez Rodrigues. Na oportunidade o parlamentar, que é professor universitário há quase 30 anos, questionou o ministro de Jair Bolsonaro (PSL) sobre a falta de planejamento das ações da pasta, a ocultação dos detalhes do orçamento do MEC e o descompromisso com a implementação das metas do Plano Nacional de Educação (PNE).
Velez Rodrigues foi convidado a explicar na Comissão de Educação as ações do Ministério nestes 90 dias de governo. Segundo Uczai, que disse ter ouvido atentamente a explanação do ministro, ninguém sabe pra onde está indo a educação do país com tamanho despreparo e falta de conhecimento sobre a educação por parte do ministro e seus assessores mais próximos. “Se os professores da rede pública começarem a ler isso aqui (documento do MEC entregue aos parlamentares), não tem meta, não tem número, não tem ação prioritária, não tem nada”, ressaltou Uczai.
Outra preocupação de Uczai foi com relação à falta de compromisso do Governo com o Plano Nacional da Educação e com a questão orçamentária do MEC. “A meta 17 (do PNE), trata de equiparar os salários dos professores da rede básica a mesma formação, o governo se compromete em cumprir a meta 17 ou não? Ou a questão do orçamento entra como centro do Governo na área da educação ou não tem meta do PNE que será cumprida. Portanto, os 10% do PIB para a educação é prioridade do Ministério ou não é?”
O deputado Pedro Uczai ainda provocou a base de apoio do Governo Bolsonaro que evita comparar dados e avanços na área da educação durante os 13 anos de governos petistas. “Aos deputados da direita, nós vamos fazer comparação sim. Nós vamos comparar o que o governo Lula fez em Institutos Federais. E quantos Institutos Federais vocês vão criar? Nós criamos 360 Institutos e 18 Universidades Federais. Quantas universidades vocês vão criar ministro? Nós dobramos os alunos no ensino superior. (As universidades federais) Agora tem rosto de negros, de agricultor, de mulheres, de pobres, dentro das universidades públicas,” afirmou Uczai.
