Pedro Uczai discute consequências da Reforma Trabalhista com sindicalistas

A chamada Reforma Trabalhista articulada pelo governo ilegítimo de Michel Temer (MDB) e aprovada no Congresso Nacional pela sua base de apoio passou a vigorar em novembro passado e na prática comprova o que o deputado federal Pedro Uczai (PT/SC) já alertava: precarização das relações de trabalho, desemprego, perdas salariais e enfraquecimento da Justiça do Trabalho.

O parlamentar, que votou contra a lei 13.467/17, palestrou na manhã deste sábado (14) sobre as consequências da Reforma Trabalhista, no Sindicato dos Empregados do Comércio de Joaçaba, para lideranças sindicais ligadas a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Um dos pontos mais criticados na mudança da legislação foi o que estabeleceu o chamado trabalho intermitente, que na prática legalizou os “bicos”. Esse ponto transfere o controle total da força de trabalho ao empregador, pois o trabalhador fica à disposição da empresa e só recebe por horas trabalhadas durante a semana.

“O trabalho intermitente achata os ganhos do trabalhador e aumenta os lucros da empresa. Isso porque a força de trabalho deixa de ser um custo fixo e passa a ser uma despesa variável. Além disso, o fim da contribuição sindical inviabilizou muitas lutas do movimento sindical na defesa dos direitos e garantias da classe trabalhadora” destacou Uczai.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Joaçaba (Siticom), Pedro Nogueira, articulador do encontro com o deputado Pedro Uczai, destacou a unidade do movimento sindical para debater e construir alternativas para enfrentar as perdas da classe trabalhadora.

“O importante foi que conseguimos juntar no mesmo espaço os diferentes sindicatos e, ao mesmo tempo, as diferentes centrais sindicais, para que pudéssemos fazer um debate que aponte caminhos e estratégias para o movimento sindical, tendo em vista que a Reforma Trabalhista desmontou completamente os direitos e garantias do trabalhador. A saída, no futuro, será reorganizar os sindicatos e aproximar eles da sua base de trabalhadores,” destacou Nogueira.

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