Para Uczai, proposta de Reforma da Previdência é uma desumanidade

Jair Bolsonaro entregou ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), a proposta de Reforma da Previdência, que visa mudar as atuais regras da aposentadoria do povo brasileiro. O tema vem sendo discutido publicamente há mais de dois anos e é tratado como prioridade especialmente pelos partidos de direita e pelo sistema bancário e financeiro. Com o pretexto de um suposto déficit previdenciário, que foi desmentido pela CPI da Previdência no Senado Federal, o atual governo e seus aliados pretendem endurecer o direito à aposentadoria.

O governo quer aumentar a idade mínima e o tempo de contribuição do trabalhador e da trabalhadora para se aposentar: homens só a partir dos 65 anos e mulheres a partir dos 62 anos. “Se um trabalhador homem começar a trabalhar aos 16 anos e se aposentar só aos 65 anos terá de trabalhar por 49 anos. Fazemos esse mesmo exercício para as mulheres, se elas começarem a trabalhar com 16 anos e se aposentarem com no mínimo 62 terão de trabalhar 46 anos. Isso é impossível em muitas categorias profissionais. Essa proposta é uma desumanidade,” alerta Uczai.

O texto encaminhado é um conjunto de dispositivos que mais uma vez tenta penalizar os mais pobres, não ataca grandes empresas sonegadores que devem mais de R$ 450 bilhões ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e nem acaba com os privilégios de algumas categorias, como por exemplo, os militares das forças armadas.  Para o deputado federal Pedro Uczai (PT/SC), a proposta de Bolsonaro e seu ministro da economia, Paulo Guedes, é uma afronta à classe trabalhadora.

“O governo tem pressa em destruir os direitos do povo brasileiro e agora o direito a aposentadoria. Milhões de brasileiros não vão se aposentar, outros milhões de brasileiros vão se aposentar mal e outros vão ter que trabalhar 10 ou 15 anos a mais pra poder se aposentar. Vamos mobilizar a sociedade e mostrar que a Previdência Pública é viável e dá pra equilibrar sem tirar o direito dos mais pobres, dos mais pequenos,” destacou Uczai.

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