Grito dos Excluídos é uma das maiores

Para Uczai, o Grito dos Excluídos é uma das maiores e mais importantes mobilizações do Brasil

Os atos este ano foram realizados em meio a pandemia, o que fez diversos movimentos sociais ecoarem os seus dizeres de luta nas redes sociais, enfrentando o governo fascista instaurado no país.

Em um ano atípico, por conta da pandemia da Covid-19, os movimentos sociais precisaram reinventar os atos e mobilizações. Neste dia 7 de setembro, o grito dos excluídos, que celebra 26 anos de atuação, realizou mobilizações em todo o Brasil. 

Com o lema “Basta de miséria, preconceito e repressão. Queremos trabalho, terra, teto e participação!”, o Grito dos Excluídos, deste ano, teve suas atividades realizadas de forma presencial e online, por meio de ações nas ruas, lives e outras atividades remotas.

Em Santa Catarina, a Igreja Nossa Senhora do Mont Serrat – Centro de Pastoral/Florianópolis, realizou uma das lives em referência ao grito dos excluídos. “Acreditamos que com ações concretas que garantam Terra, Teto e Trabalho, podemos avançar na luta contra a desigualdade social e construir uma sociedade mais justa para todas as pessoas”, escreveu a entidade no post da live realizada. Além dessa, outras mobilizações de foram realizadas no Brasil, como em Brasília, onde houve manifestações nas ruas.

História do grito

Criado em 1994, por meio do processo da 2ª Semana Social Brasileira, da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o grito dos excluídos é um chamado para a luta. A soberania nacional é o eixo das mobilizações do grito dos excluídos e excluídas. Dessa forma, no dia 7 de setembro de 1995, foi realizado o primeiro ato, com o lema: “A vida em primeiro lugar”, em contraponto ao Grito da Independência.

Conforme explica o professor e deputado federal Pedro Uczai, o grito dos excluídos é uma das maiores mobilizações populares da história do Brasil. “Nos outros anos no dia 7 de setembro, quando podíamos ir para as ruas, eu avistava a juventude, mulheres camponesas e outros movimentos sociais articulados na luta, articulados na mobilização do grito dos excluídos. Bandeiras e punhos, todos ficavam para o alto, e os dizeres de resistência preenchiam as ruas. Aquilo sempre me emocionou, é um movimento grande e muito importante para a democracia”, salientou o deputado.

Todos os anos o grito dos excluídos conta um lema nacional diferente. Ele é trabalhado de forma coletiva pelos movimentos socais e realizado de forma diferente nas localidades, como em forma de caminhadas,  desfiles,  celebrações especiais,  romarias,  atos  públicos,  procissão,  pré-gritos,  cursos, seminários, palestras, teatro, forrós.

Conforme explica o documento oficial, que narra a história e origem do grito dos excluídos, o mesmo é “um processo, é uma manifestação popular, carregada de simbolismo, que integra pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. Ele brota do chão, é ecumênico e vivido na prática das lutas populares por direitos”.

Ainda segundo o documentos, o grito dos excluídos e excluídas, questiona e ajuda na reflexão da independência do Brasil. “A proposta não só questiona os padrões de independência do  povo  brasileiro,  mas  ajuda  na  reflexão  para  um  Brasil  que  se quer  cada  vez  melhor  e  mais  justo  para  todos  os  cidadãos  e cidadãs. Assim, é um espaço aberto para denúncias sobre as mais variadas formas de exclusão”, explica o texto.

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