Operador de propinas do PSDB é preso com R$ 100 milhões em espécie

A terça-feira (19) amanheceu com um novo fato na política do país e desta vez não está relacionado à alguma trapalhada do Governo Bolsonaro (PSL). Em mais uma fase da Operação Lava Jato a Polícia Federal prendeu o conhecido operador de propinas do PSDB, Paulo Preto, e tomou-se conhecimento de que o ex-senador e ex-ministro do governo Temer, Aloysio Nunes (PSDB), possuía um cartão de crédito para movimentar uma conta na Suíça. Nunes recebeu o cartão durante estadia no Hotel Majestic Barcelona, na Espanha, um dos mais luxuosos da Europa.

 

Já o operador do PSDB mantinha mais de R$ 100 milhões em espécie em dois endereços na capital paulista. O valor é praticamente o dobro do ‘bunker’ do ex-ministro de Temer (MDB), ex-deputado Geddel Vieira Lima (MDB), encontrado pela Polícia Federal em Salvador no mês de setembro de 2017. Na 60º fase operação da Lava Jato, deflagrada na manhã de hoje, os agentes da PF ainda cumpriram mandatos de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-senador tucano Aloysio Nunes, que é suspeito de receber propinas da Odebrecht.

 

De acordo com as investigações, “em 26 de novembro de 2007, por intermédio da offshore Klienfeld Services Ltd, a Odebrecht transferiu € 275.776,04 (euros) para a conta controlada por Paulo Preto, em nome da offshore Grupo Nantes, na Suíça”. A apuração ainda identificou que em outubro de 2017 a partir da “conta de Paulo Preto, foi solicitada a emissão de cartão de crédito, vinculado à sua conta, em favor de Aloysio Nunes Ferreira Filho. O banco foi orientado a efetuar a entrega do cartão de crédito no Hotel Majestic Barcelona, na Espanha, para Aloysio Nunes Ferreira Filho, que estaria hospedado no hotel,” diz o documento do Ministério Público Federal.

 

“Paulo Preto possuía entre cerca de R$ 100 ou 110 milhões no Brasil em espécie, em notas, então imaginem todos aqui o volume desse dinheiro. É muito volume. E esse dinheiro estava acondicionado em dois endereços. Estava acondicionado num endereço numa residência em São Paulo e também num apartamento que segundo revelado por Adir Assad [delator da Lava Jato] era o local onde Paulo Preto tinha um bunker pra guardar as propinas”, disse o procurador Pozzobon.

 

O que chama a atenção é que após mais uma operação da PF todos os principais ‘caciques’ do tucanato envolvidos em vários casos de corrupção e financiamento ilegal de campanhas eleitorais continuam soltos, inclusive o ex-senador mineiro Aécio Neves flagrado em ligações telefônicas chantageando um empresário. Por outro lado, sem nenhuma conta na Suíça, sem nenhum dinheiro guardado em apartamentos, sem ser proprietário de nenhum tríplex ou sítio, sem nenhuma prova de que cometeu ato ilícito, o ex-presidente Lula continua preso em Curitiba vítima de das mais diversas arbitrariedades do poder Judiciário.

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