Ministério da Saúde reconhece que “Kit Covid” é ineficaz no tratamento do vírus

Nesta semana o Ministério da Saúde enviou um documento à Comissão Parlamentar de Inquérito, a CPI da Covid no Senado Federal, reconhecendo que os medicamentos que compõem o chamado “Kit Covid” não são eficazes no tratamento precoce contra o vírus. O documento contradiz a própria postura de Jair Bolsonaro que orientou, sem conhecimento técnico, a utilização de Cloroquina e Invermectina em seus discursos públicos e nas suas lives em redes sociais.

“Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: Hidroxicloroquina ou Cloroquina, Azitromicina, Lopinavir/Ritonavir, Colchicina e Plasma Convalescente. A Invermectina e a associação de Casirivimabe + Imdevimade não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população,” diz um trecho do documento enviado pelo Governo Bolsonaro à CPI.

A CPI investiga a existência do que se convencionou chamar de “Gabinete Paralelo” ao Ministério da Saúde que orientava e influenciava as decisões de Jair Bolsonaro referente a gestão da pandemia, na compra de vacinas e na propagação do tratamento precoce. O deputado federal Pedro Uczai, que é um dos articuladores da Associação Nacional em Apoio e Defesa dos Direitos das Vítimas da Covid19 – Vida e Justiça, comentou o tema numa live pelas suas redes sociais.

“O Bolsonaro foi eficiente na proliferação do vírus da Covid19 pelas teorias que se associou, pelas suas concepções, pelas suas omissões e pelas suas ações institucionais. Agora, depois de quase 540 mil mortes no país, os próprios técnicos do Ministério da Saúde estão dizendo que Bolsonaro cometeu crime ao propagar informações sobre o uso de medicamentos ineficazes para tratar o vírus do Covid19. Ele não comprou vacinas com comprovação científica e por outro lado incentivou o uso de medicamentos sem eficácia,” disse Uczai.

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