Estados brasileiros perdem R$ 278 bilhões depois do golpe

Dois anos depois do golpe que afastou a ex-presidente Dilma Rousseff, as perdas sociais são imensas e afetam a vida de milhões de brasileiros. A paralisação que o Brasil sofreu entre os anos de 2015 e 2017, com a articulação do golpe, resultou na queda da arrecadação que deixou perdas de cerca de R$ 278 bilhões aos Estados, segundo análise do economista Raul Velloso e publicada pelo jornal O Estado de São Paulo.

Segundo Velloso, o valor corresponde a receita extra que os estados teriam como receitas tributárias, caso tivessem mantido a média de crescimento na arrecadação entre os anos de 2002 e 2014. Ainda de acordo com o economista, muitos governadores que serão eleitos em outubro, irão assumir seus Estados com o caixa quebrado.

Outra consequência do golpe é a queda na arrecadação com combustíveis. Os consumidores têm optado por usar o álcool, mais barato e com alíquota menor que a incidente sobre a gasolina. Além disso, a política de preços dos combustíveis, que foram reajustados 225 vezes em dois anos, adotada pelo governo do ilegítimo Michel Temer (MDB) resultou na paralização dos caminhoneiros. Após a greve, foi registrado a maior queda apontada pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central desde quando começou a calcular o indicador, há 15 anos.

Para o deputado federal Pedro Uczai (PT/SC), o golpe tem profunda relação com a crise econômica que o Brasil vem sofrendo, mas não é novidade para o PT. “Lá no início, quando as pessoas, levadas pela grande mídia e grupos de direita, embarcaram nessa onda de que, tirando Dilma do governo, a economia do país iria deslanchar, nós já avisávamos que os pobres pagariam a conta. Hoje, dois anos após o golpe, vivemos num Brasil mergulhado numa das piores recessões da história,” lamentou Uczai.

De acordo com Pedro Uczai, a política de Temer é voltada para os interesses das grandes corporações financeiras. “E isso fica claro, tanto na política econômica, como nas reformas promovidas pelo Congresso. Um dos resultados é o desemprego, que em 2014, durante o governo Dilma, chegou a registrar a marca histórica de apenas 4,8 %, hoje chega a mais de 13%. Vamos lutar para que Lula possa voltar e dar continuidade à política que tirou milhões de brasileiros da miséria,” finalizou o parlamentar.

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