Deputado Uczai manifesta preocupação com programa “Future-se” do MEC

O deputado Pedro Uczai (PT/SC) manifestou sua preocupação com o recente programa lançado pelo Ministério da Educação (MEC), o Future-se, que está relacionado às universidades e institutos federais. O programa, dentre outras questões, pretende que as instituições de educação superior e escolas técnicas possam modificar o atual modelo de gestão e se associarem à negócios privados. “Vejo com profunda preocupação essa inciativa do Governo Bolsonaro (PSL). As universidades e institutos federais são patrimônios da sociedades brasileira,” disse o parlamentar.

Uczai participou do Programa Expressão Nacional da TV Câmara para debater o Future-se com o também deputado federal Tiago Mitraud (Novo/MG), o diretor de desenvolvimento de instituições federais de ensino superior do MEC, Wagner Vilas Boas de Souza, e o presidente da Associação dos Dirigentes das Universidades Federais e reitor da Universidade Federal da Bahia, professor João Carlos Salles.  O Future-se estimula as instituições federais de ensino a captarem recursos privados estabelecendo contratos com organizações sociais atuando com fins privados.

“Objetivamente a minha preocupação é o que vem acontecendo nos últimos três anos em relação à educação: a Emenda Constitucional 95, que congela pra 20 anos os investimentos em educação; o corte no orçamento nos últimos dois anos e este ano corte no orçamento do custeio das universidades; e cria-se um programa (Future-se) num contexto desses de contenção de gastos para que as universidades se voltem à um setor da sociedade pra buscar receitas e o governo se desresponsabilizar com as próprias universidades. Isso é o maior equivoco que se pretende fazer,” disse Uczai que é professor universitário e membro da Comissão de Educação da Câmara.

Durante o programa televisivo da TV Câmara o parlamentar questionou o corte do orçamento das instituição federais de ensino citando o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN 18/19) em que o Governo Bolsonaro retira mais R$ 19,6 milhões da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e do Instituto Federal Catarinense (IFC).  “O ponto de partida é o governo dizer se a educação é prioridade e quanto vai colocar de dinheiro pública nas universidades e institutos federais. Não se pode transferir a responsabilidade sobre o orçamento destas instituições públicas que são patrimônio do povo,” destacou Uczai.

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