O governo Bolsonaro (PSL) e sua equipe econômica liderada pelo ministro banqueiro Paulo Guedes tentam passar para o povo brasileiro a ideia de uma “Nova Previdência” com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 06/2019). Em peças publicitárias veiculadas na mídia o Governo quer enganar o povo trabalhador com as frases de efeito dizendo que quem ganha menos vai pagar menos ou que a proposta combate os privilégios de algumas categorias do funcionalismo público nas três esferas do poder.
“Não estamos falando em Reforma da Previdência, por que é outra Previdência, não mais pública, de proteção social, de seguridade social onde o governo contribui, o ‘patrão’ contribui e o trabalhador contribui. Quando eles dizem que a Previdência está quebrada, com o novo regime que se chama de ‘capitalização’ só o trabalhador vai contribuir, é isso que vai desmontar a Previdência”, destacou o deputado federal Pedro Uczai (PT/SC). A capitalização consiste em cada trabalhador contribuir individualmente ao longo de sua vida laboral e quando atingir a idade e o tempo de contribuição possa fazer o resgate deste valor em prestações mensais até o fim de sua vida.
Mas este sistema já foi implantado em outros países, à exemplo do Chile, nos anos 80, e agora quando a primeira geração de trabalhadores se aposentou com este regime mais de 90% dos benefícios são inferiores a um salário mínimo local, o que equivale a pouco mais de 220 dólares. “Quem vai pagar a conta desta proposta? A elite, os privilegiados? Não! Vão ser os mais pobres e os trabalhadores do campo e da cidade, principalmente as mulheres. Os 65 anos para o homem e os 62 dois anos para as mulheres não vão permitir a aposentadoria de milhões de brasileiros”, destacou Uczai.
