Retrospectiva 2021: Deputado Pedro Uczai lança livro sobre golpe à presidenta Dilma

O professor e deputado federal Pedro Uczai (PT-SC) lançou em junho de 2021 o livro Autoritarismo Líquido: O golpe no Brasil, que trata do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em 2016. A obra está disponível em formato e-book nas principais lojas de livros. Em julho deste ano, a obra esteve entre os livros mais vendidos no e-commerce da Amazon.

O livro Autoritarismo Líquido: O golpe no Brasil conta com depoimentos no calor dos acontecimentos com diferentes pontos de vista e foi lapidado em diálogo com outros escritores que haviam feito análises e publicações que, em alguns casos, foram previstas e posteriormente foram se revelando como previsões acertadas. Não se trata de um livro de entrevistas. A obra traz também uma discussão teórica conceitual sobre golpe, sobre modernidade e sobre acontecimentos em que a teoria se encontra com a realidade, nas palavras do organizador da obra, o deputado federal Pedro Uczai.

A obra tem uma apresentação escrita pelo ex-presidente Lula e prefácio do jurista Pedro Serrano, que cunhou o termo “autoritarismo líquido” e pode ser encontrado em outras publicações autorais e que foi complementada por um dos coautores do livro, o professor e cientista político José Roberto Paludo que apresenta o estado da arte sobre a literatura publicada sobre o golpe, a partir de autores de diferentes posicionamentos.

Na segunda parte do livro, chamada de “O golpe visto por dentro”, o texto vai amarrando as entrevistas de personagens que viveram esse episódio em quatro campos distintos: político; judiciário; imprensa ou opinião pública; e como ativistas, nas ruas. A terceira parte da obra é chamada de “A outra face do Golpe”, quando o autor analisa a perseguição e prisão do ex-presidente Lula.

Lançamento virtual

O lançamento do livro foi realizado de maneira virtual no dia 24 de junho de 2021, sob a mediação da jornalista Cynara Menezes, do blog Socialista Morena, e com a participação de juristas e lideranças políticas.  Participaram do lançamento, em junho de 2021, o ex-senador Roberto Requião, o jurista e ex-deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), o jurista Pedro Serrano, o ex-deputado federal Renato Simões (PT-SP) e o professor e cientista José Roberto Paludo, que colaboraram com a produção do livro.

Emocionado com o lançamento de mais uma obra de sua autoria, o deputado federal Pedro Uczai falou sobre a importância do livro para a história do Brasil. “Para mim, é uma alegria, uma confraternização de amigos, companheiros e companheiras que construímos juntos estas história. É uma emoção enorme estar aqui junto com este grupo, este coletivo, lançando o livro Autoritarismo Líquido“, declarou o deputado.

“É um livro da memória histórica. E é um livro que nós deixamos grande parte dos depoimentos, por sua riqueza, que vão se transformar numa fonte histórica, como cada um que está aqui neste lançamento refletiu à época o golpe, depois a prisão e o impedimento do Lula de ser candidato a presidente da República, que é um outro momento, uma outra face do mesmo processo histórico, como diz o Pedro Serrano. Não dá pra entender o golpe à presidenta Dilma sem entender o golpe ao ex-presidente Lula. E é nessa dimensão e dialética que nós refletimos. Por isso, é um livro atual, contemporâneo e coletivo, escrito a muitas mãos”, concluiu o deputado Pedro Uczai.

O ex-senador Roberto Requião cumprimentou o deputado Pedro Uczai pela organização do livro. “A iniciativa, a meu ver, foi maravilhosa. Parabéns a todos que participaram deste processo, mas, fundamentalmente, meu cumprimento por vocês terem trazido isso para internet. Nós não temos, por falta de uma reforma da imprensa no Brasil, o alcance que gostaríamos, mas a repetição das iniciativas, de uma forma ou de outra, vai formando uma elevação do conhecimento popular e a evolução no entendimento de como funciona o Estado e o Direito, que, para mim, simplificando, continua sendo a consolidação da força”, afirmou Requião.

Wadih Damous, ex-deputado federal, falou sobre a Laja Jato e comentou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que estendeu a todos os processos a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula. “Aquilo que permitiu que a Lava Jato existisse tem que ser reformado e é uma tarefa do processo legislativo, do Congresso Nacional. Essa turma não pode ter as prerrogativas, que eles jogaram na lata do lixo, e essa autonomia desmedida que a Constituição de 88 deu a eles. Não tem controle social, esse Conselho Nacional do Ministério Público é uma espécie de cabide de emprego. Isso aí tem que ser redesenhado”, defendeu Wadih. “Ao final, quem ri por último ri melhor. E nós estamos rindo por último aqui. Hoje, essa decisão do ministro Gilmar Mendes enterra definitivamente a Lava Jato, mas o lavajatismo está a solta por aí. E é com o lavajatismo que agora temos que prestar contas”, complementou.

Confira o lançamento na íntegra:

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