Pedro Uczai defende permanência da Eletrosul em Santa Catarina

O deputado federal Pedro Uczai (PT) participou nesta segunda-feira (13) na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (ALESC), de audiência pública da Comissão de Economia da casa, em conjunto com o Fórum Parlamentar Catarinense, com o objetivo de debater a proposta de incorporação da Eletrosul pela CGTEE (Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica), localizada em Candiota (RS), que passaria a sede da empresa.

A totalidade dos parlamentares presentes (dois senadores, dez deputados federais e cinco estadual) representando os mais diversos partidos foi unânime em defender a manutenção da marca Eletrosul e a permanência da sede no estado. Todos consideraram descabido que uma empresa consolidada, lucrativa e do porte da Eletrosul, que abrange quatro estados, seja incorporada pela CGTEE, uma pequena termoelétrica deficitária e com histórico de prejuízos financeiros.

Para Uczai no entanto, isso não é suficiente. “O que estão fazendo com essa engenharia toda é preparar a Eletrosul para a privatização. E nós precisamos cobrar que a Eletrobras/Eletrosul, além de manter a marca e a sede em Santa Catarina, permaneça pública, porque é uma empresa eficiente, lucrativa e a energia é um bem estratégico para a nação e deve ser controlada pelo estado brasileiro”.

Uczai pediu transparência por parte do governo e da Eletrobras, já que documentos fundamentais para o debate estão sendo mantidos sob sigilo. Também para o representante da Intersindical dos Eletricitários, Eduardo Back, o objetivo da incorporação é “extinguir a Eletrosul, destruir sua história e suas raízes para privatizar”. Ele pediu clareza sobre a possibilidade de demissões.

Os parlamentares encaminharam a solicitação de uma audiência com Jair Bolsonaro (PSL) com a participação de toda a bancada de senadores e deputados federais para em conjunto tentar reverter o processo de incorporação que tem previsão de conclusão para o início de julho.

A Eletrosul tem hoje aproximadamente 1300 trabalhadores, sendo 800 em Santa Catarina. Além disso, sua vinda ao estado teve forte impacto econômico, cultural e acadêmico, especialmente em Florianópolis e região, onde está sua sede.

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