Novo Ministro do Trabalho é a “cara” do governo golpista de Temer

O escárnio do governo ilegítimo de Michel Temer no trato com a coisa pública aumenta a cada dia: o novo titular do Ministério do Trabalho, Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello, coleciona dezenas de autuações por infrações trabalhistas que vão desde o não pagamento de benefícios previdenciários à manutenção de condições insalubres para empregados em fazendas de sua propriedade.

Além do histórico de descumprimento da legislação pelo novo ministro, outro fato chama atenção em relação às infrações trabalhistas cometidas por Vieira de Mello: à época de uma das autuações por ilegalidades em uma de suas fazendas, o atual ocupante da pasta exercia o cargo de desembargador e vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 3 Região, numa conduta flagrantemente contrária a importância e liturgia que o cargo exige.

O Ministério do Trabalho é foco recorrente de escândalos dos golpistas. Ronaldo Nogueira (PTB-PR), o primeiro indicado por Temer, foi acusado de aparelhar a assessoria de comunicação da pasta com apadrinhados políticos. Depois foi a vez de Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha de Roberto Jefferson, cujo histórico de condenações por descumprimento da legislação trabalhista a impediu de tomar posse.

O impedimento da nomeação de Cristiane Brasil foi objeto, inclusive, de despacho do STF, reiterando decisão da Justiça Federal que impedia a posse em função de condenações anteriores na Justiça do Trabalho. Passado este episódio, tomou posse no cargo de Ministro do Trabalho Helton Yomura, que saiu do cargo após operações da Polícia Federal que investigam fraudes na concessão de registros sindicais.

Agora, novamente o governo golpista de Michel Temer nomeia uma pessoa com histórico de desrespeito à legislação trabalhista para o Ministério do Trabalho, com o adicional de à época do cometimento de uma dentre as dezenas de autuações o ministro exercer o cargo de vice-presidente do TRT3. Não basta destruir direitos e retirar garantias com o abandono da CLT. É preciso, acima de tudo, perverter a moralidade pública e abandonar quaisquer escrúpulos na entrega do país e das suas riquezas para os financiadores do golpe.

 

 

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