Mamata: R$ 19 bilhões por ano em pensões para dependentes de militares

 O portal de notícias Terra revelou, a partir de dados da Controladoria Geral da União disponibilizados no Portal Transparência, o tamanho da “mamata” das pensões dos dependentes de militares das Forças Armadas: R$ 19,3 bilhões por ano. Ao longo de 2020, das 226 mil pessoas que recebem estes benefícios, 137 mil são filhas de militares já mortos, ou seja, 60% do total.

A “mamata” é tão grande ao ponto de ter filhas de militares mortos que recebem pensões mensais que chegam a R$ 117 mil, R$ 80 mil ou R$ 60 mil. “É vergonhoso o povo brasileiro sustentar essa “mamata” de quem nunca trabalhou na vida. Só pra gente ter ideia, nós pagamos as pensões até para duas filhas do torturador e assassino da Ditadura Militar, Carlos Alberto Brilhante Ustra, morto em 2015,” desabafou o deputado federal Pero Uczai (PT/SC).

Outro caso emblemático é da filha do ex-ministro da Ditadura Jarbas Passarinho, que ficou conhecido por recomendar ao então presidente ditador Arthur da Costa e Silva para assinar o Ato Institucional 5 em 1968, que fechou o Congresso e perseguiu e matou adversários políticos. Julia Maria Passarinho Chaves recebe uma pensão mensal de quase R$ 20 mil.

Essa situação é tão vergonhosa que chega ao cúmulo de ter pensões quase centenárias. A pensão militar mais antiga revelada pela Controladoria Geral da União começou a ser paga pelo povo brasileiro em setembro de 1930. “É um escárnio, um absurdo, um deboche com o povo brasileiro. Isso precisa ter um basta! E tem que ser retroativo, não só impedir de agora em diante. Quanta coisa dá pra fazer em benefício do povo brasileiro com R$ 19 bilhões por ano?”, questiona o parlamentar.

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