Frente em Defesa da Soberania Nacional é lançada em Santa Catarina

Trabalhadores de empresas públicas se reuniram nesta segunda-feira (14), em Florianópolis, para o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional em Santa Catarina. Sob a coordenação do deputado federal Pedro Uczai (PT/SC), centenas de trabalhadores participaram do evento lotando o auditório Deputada Antonieta de Barros, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).

 

O lançamento contou com a presença da senadora Zenaide Maia (PROS-RN), que preside a Frente Parlamentar em Defesa da Soberania Nacional, do ex-senador Roberto Requião (MDB-PR), presidente de honra da Frente, e do deputado federal Henrique Fontana (PT/RS). De Santa Catarina, ainda participaram o senador Esperidião Amin (Progressistas), a ex-senadora Ideli Salvatti (PT) e o deputado estadual Neodi Saretta (PT), além de diversas lideranças de partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais.

 

Participaram da audiência trabalhadores da Eletrobras, Eletrosul, Petrobras, Correios, bancos públicos e outros órgãos federais. Os participantes da audiência denunciaram a iniciativa do governo federal de privatização de empresas públicas que são estratégicas para o desenvolvimento do país. “A experiência histórica nos mostra que a qualidade é prejudicada e os serviços são encarecidos em todos os países em que as empresas públicas são privatizadas”, afirmou Pedro Uczai, coordenador da Frente em Santa Catarina.

 

O deputado federal Henrique Fontana, que coordena a Frente no Rio Grande do Sul, denunciou que Jair Bolsonaro (PSL) não tem um projeto de desenvolvimento nacional e que não tem “capacidade governativa”. “Este nosso movimento é para defender um projeto de nação. Nós não teríamos pré-sal se nós não tivéssemos universidades fortes neste país, se nós não tivéssemos pesquisa neste país, se não tivéssemos gerações e gerações de petroleiros, engenheiros, trabalhadores que construíram esta riqueza que é de todos nós”.

 

Roberto Requião defendeu que é “preciso que se estabeleça, definitivamente, uma resistência”. O ex-senador defendeu a formação de uma frente ampla, mas sem a “extrema-direita”. “Nós precisamos formar uma frente que não tenha hegemonia de propostas. Uma frente política se diferencia de um partido porque a frente se opõe a alguma coisa, enquanto um partido propõe. A frente diz ‘não’”. Para Requião, esta frente deve se opor ao liberalismo econômico do governo federal, entender a importância fundamental dos investimentos públicos e apostar, fundamentalmente, no trabalho.

 

Presidente da Frente, Zenaide Maia denunciou a política de ataque do governo federal contra os trabalhadores. “Nós temos a obrigação de mostrar ao povo brasileiro o que é que estão fazendo com este País: desmerecendo os trabalhadores. De repente, os trabalhadores que geram riqueza são os vilões. Tudo é feito para punir estes trabalhadores”. Zenaide lembrou do desastre que representou ao País a entrega do pré-sal e alertou sobre os riscos das privatizações cogitadas pelo governo. “Querem privatizar os dados do povo brasileiros, mantidos pelo Dataprev. A quem interessa isso?” questionou.

 

A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional foi lançada no Congresso Nacional em setembro e já foi apresentada no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Seu objetivo é enfrentar a política de desmonte de setores estratégicos nas áreas de educação, energia, ciência, tecnologia e informação, além de empresas públicas.

 

*Com informações da Agência AL

Foto: Eduardo Guedes de Oliveira / Agência AL

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