Deputado Pedro Uczai se manifesta contrário à privatização dos Correios

Em mais um ataque contra o patrimônio público o governo federal liderado por Jair Bolsonaro e seu ministro da economia, Paulo Guedes, anunciaram o desejo de privatizar 100% do capital da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A empresa pública federal é responsável por todas as trocas de correspondências em todo o território nacional, além de atuar na distribuição de encomendas de toda ordem e auxiliar o governo em serviços de apoio.

Ao contrário do que diz o Governo, os Correios são lucrativos e injetaram nos cofres da União somente em 2020 um lucro de R$ 1,5 bilhões. Entre os anos de 2017 e 2019 foram mais R$ 930 milhões de lucratividade. É a única empresa que tem capacidade de realizar a captação, distribuição e entrega de encomendas em mais de 5.500 municípios do Brasil.  Em 2020, os Correios entregaram 343 milhões de encomendas. São 28 milhões de encomendas por mês o que significa 1,3 milhão de encomendas por dia.                                                                                                                                    

São aproximadamente 100 mil trabalhadores que atuam numa rede de entrega com 25 mil veículos, 1.500 linhas terrestres e 11 linhas aéreas em operação diariamente de Norte a Sul do país. “Os Correios prestam um trabalho essencial ao povo brasileiro. Eu sou professor e quero lembrar que nos últimos dois anos a empresa entregou 197 milhões de livros didáticos nos 5.570 municípios brasileiros,” destacou o deputado Pedro Uczai (SC), que é contra a privatização.

O Governo Bolsonaro, que conta com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), quer articular a sua base de apoio para votar a lei de privatização dos Correios na próxima semana, entre 12 e 15 de julho, antes do início do recesso parlamentar. “Eles querem votar a ‘toque de caixa’ para evitar a mobilização dos trabalhadores da empresa e impedir a privatização. Nós estamos somando forças e vamos lutar até o fim para que Bolsonaro não destrua mais esse patrimônio do povo brasileiro,” destacou Uczai.

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