Os cortes de verbas destinadas à educação pública promovidos pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) está nas universidades e institutos federais está “fazendo escola” pelos estados. Em Santa Catarina, o governador Carlos Moisés (PSL) enviou à Assembleia Legislativa (Alesc) para apreciação dos deputados estaduais um projeto que diminui o percentual do duodécimo destinado à Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). A bancada do PT na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) já se posicionou contra o projeto e o deputado federal e professor Pedro Uczai se junta ao movimento contra os cortes e em defesa da universidade estadual.
O projeto enviado pelo governador prevê o corte de 10% do repasse de recursos à universidade. Com isso, o percentual da universidade cairia de 2,49% para 2,24%, o que causaria um forte impacto negativo nas contas da instituição pública de ensino superior. A redução representa um corte superior a R$ 40 milhões. A reitoria da Udesc é contra o projeto, pois teme que a medida “pode resultar em cortes de bolsas de auxílio estudantil, paralisar manutenção, reforma e construção de unidades e prejudicar contratos com empresas terceirizadas de segurança e limpeza, entre outros.”
Quando prefeito de Chapecó, Pedro Uczai garantiu as condições necessárias para a implantação do Campus da Udesc na cidade. Uczai acompanha a tramitação do projeto na Alesc e espera que os deputados estaduais não aprovem a medida. Para o deputado, além de lutar contra os cortes na educação em todos os níveis, é preciso revogar a Emenda Constitucional (EC 95/16), que congela investimentos na educação por 20 anos e inviabiliza o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE – Lei 13.005/14).
Titular da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Pedro Uczai, é relator da subcomissão de Ensino Superior da Comissão de Educação e tem promovido seminários em Santa Catarina sobre a situação das universidades e institutos federais mobilizando professores e estudantes contra os cortes na educação patrocinados pelo governo Bolsonaro.
