Depoimento de Lula na Justiça Federal comprova perseguição

Parlamentares da Bancada do PT se revezaram na tribuna da Câmara, na tarde desta quarta-feira (19), para se solidarizar com o ex-presidente Lula, que depôs hoje na Justiça Federal em Brasília, em ação aberta a partir de uma denúncia sem fatos nem provas. “Tive oportunidade de acompanhar o depoimento e pude ver de perto como ele (Lula) com sua coragem, com clareza e com a firmeza de um homem inocente que está sendo perseguido se portou perante o juiz e o Ministério Público”, afirmou o deputado Paulo Guedes (PT-MG).

Além de manifestar a sua solidariedade ao ex-presidente, Paulo Guedes explicou que os que tentam condenar Lula fazem parte de uma elite, que se aliou com integrantes da Polícia Federal e do Ministério Público porque não aceitaram as transformações sociais que o governo do PT fez para este País. “Eles perseguem Lula porque não aceitaram que foi no governo Lula que nós levamos 12 milhões de pessoas a saírem da escuridão do candieiro por meio do Luz para Todos, que nós construímos mais de 5 milhões de moradia, que colocamos os pobres, os negros, os índios e todos aqueles que não tinham oportunidades nas universidades. Nós transformamos este País”, enfatizou.

É por isso, o legado dos governos do PT, que na avaliação do deputado Guedes que eles vão tentar, todo o tempo, trazer de volta denúncias para tentarem iludir a população brasileira e esconder o governo Lula. “E é por isso que nós estamos solidários ao presidente Lula, pela sua coragem, pela sua firmeza, pela sua lucidez de enfrentar frente a frente cada denúncia leviana que colocam sobre ele”, afirmou.

O deputado do PT mineiro acrescentou que que Lula é forte. “E ele é forte porque está presente nos quatro cantos desse País. Em qualquer lugar do Brasil tem a presença do governo do PT, seja com cisternas, seja com o Luz para Todos, seja com energia, seja com a oportunidade de emprego, com geração, com Pronaf. Ou seja, o governo Lula existiu para todas as classes, gerou emprego, renda e oportunidades. Isso a elite não sabe fazer. A elite do Paulo Guedes, do Bolsonaro e do Moro só consegue olhar para o próprio nariz. Para eles, o Brasil é só de uma pequena minoria”, protestou.

Desafio

O deputado Vicentinho (PT-SP), que também acompanhou a depoimento, destacou na tribuna que o ex-presidente Lula desafiou os que o perseguem e o acusam a apresentar provas. “O Lula, diante daquelas autoridades, fez um desafio veemente que já tinha feito em vários outros momentos. O presidente pediu para mostrar uma prova contra ele, em qualquer momento da sua história de vida. Como não tem, fica comprovado que é mais uma perseguição”, afirmou o “O nosso companheiro Lula é um perseguido político, e, por este motivo, tem a nossa mais profunda solidariedade. Eu tenho certeza de que a verdade um dia virá à tona. A verdade será plena”, completou.

O deputado João Daniel (PT-SE) também acompanhou o depoimento na Justiça Federal de Brasília e disse, em plenário, que presenciou a perseguição ao Lula e ao Nordeste. “O melhor presidente que esse País já teve está respondendo por uma medida provisória que foi aprovada, por unanimidade, no Congresso Nacional. Essa denúncia é uma invenção. Querem jogar para a opinião pública uma narrativa de que houve interesses”. O deputado lamentou ainda o fato de o depoimento não ter transmitido, “para mostrar ao Brasil a altura de um homem que tem dignidade, que tem justeza, que tem ética, que tem moral e que deixa cada vez mais preocupados aqueles que não querem justiça”.

Segurança nacional

A deputada Erika Kokay (PT-DF) também foi à tribuna protestar contra a perseguição ao ex-presidente Lula. Além do depoimento sobre a medida provisória do setor automobilístico, a deputada disse que Lula teve que responder por uma acusação de crime contra a segurança nacional. “Ele teve que responder porque disse que este governo é dirigido por milicianos. Lula dançou com a verdade, se abraçou à verdade, porque não há nenhuma dúvida do envolvimento deste governo com as milícias”, afirmou.

A deputada destacou que o miliciano Adriano Nóbrega foi assassinado, “e o próprio presidente da República disse que foi queima de arquivo. Ele se diz réu confesso, porque diz que foi queima de arquivo! Qual é o arquivo que Adriano carrega? Aquele que teve seus parentes abrigados no gabinete de Flávio Bolsonaro! Aquele que foi homenageado por Flávio Bolsonaro, que tinha relações profundas — e que não podem ser ditas”, acrescentou.

Erika Kokay enfatizou que o ex-presidente disse e que ela repetia: “Este País está sendo governado por aqueles que acobertam a milícia e que estão irmanados com a milícia, que é uma forma de romper o Estado Democrático de Direito. São milicianos! Milicianos digitais, milicianos na forma como conduzem o Brasil como se estivessem jogando um videogame. Um País que está afundando!”, lamentou.

Vânia Rodrigues/PT na Câmara

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